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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

''ANTIGONA'' um desfecho à luz da inserção da mulher na vida social.

Antígona e os desafios da democracia e a inserção da mulher na vida social.



Abordando a obra de Sófocles, Antígona, podemos fazer um paralelo relacionando as problemáticas percebidas no texto com a realidade a qual vivemos e fazemos parte.  No que tange o uso da democracia e a inserção da mulher de maneira especial nos meios políticos de nossa sociedade, podemos recorrer às figuras femininas colocadas em evidência na obra. Antígona e Ismene, uma representa o comportamento que era permitido ás mulheres na época, que se baseia na submissão e obediência, e a outra, representa uma ruptura das normas, torna-se uma transgressora diante de sua atitude. Nossa sociedade é marcada por um preconceito em relação à presença da mulher nos meios políticos, e no que diz respeito aos direitos sociais. A atitude de Antígona que por ser mulher interfere de tal modo em questões políticas e democráticas relacionadas com o modo de governar do rei, a partir do momento em que há essa interferência que se dá pelo não cumprimento da lei imposta por ele, Antígona passa a ser passiva na sociedade, isto é, apesar do preconceito de gênero ela age segundo sua liberdade. Tal atitude favorece para repensarmos no uso de nossa liberdade e prática da democracia, algo que é buscado pelos homens, tais como a participação da mulher e de todos os cidadãos em comum de forma engajada e consciente para possibilitar uma discussão - reflexão capaz de abordar a ética para que atuem e assumam a responsabilidade de organizar a sociedade democraticamente, valorizando as igualdades de gênero. Vale apena pararmos para refletir quantas Ismenes ainda existem em nossa sociedade e quantos Creontes são dominadores dos direitos de cada indivíduo, direitos os quais deveriam ser utilizados plenamente tendo como motor a liberdade. Ser livre para opinar, dar sugestões é sinônimo de democracia, todos os cidadãos são portadores desse direito mais às vezes cai em certo comodismo e não faz uso desse direito, deixam se dominar.  Vivemos, fazemos e somos sociedade e uma sociedade que se progredi mediante a democratização proposta, assumir nosso papel na sociedade, ser gestor de opinião e praticar a democracia é um principio para mudar o cenário de uma sociedade que mantém ainda  sistemas  arcaicos os quais nas maiorias das vezes oprimem e desqualificam a dignidade da pessoa. Ainda é comum encontrarmos pessoas que se deixam oprimir e escravizar-se por um sistema que é gerido por uma minoria que só sabe impor normas, essas pessoas oprimidas  podem ser que herdaram o sintoma da passividade mediante uma conduta  e traços socioculturais. A inserção na vida da sociedade se dá mediante a participação consciente de todos, independe de que gênero seja o que percebemos na obra de Sófocles ainda predomina na nossa sociedade, quantas mulheres eram privadas de poder participar na vida política e hoje assumem com responsabilidade e ética moral os postos dos homens, não só na vida política mais também em outras funções da sociedade. A atitude de Antígona foi sem dúvida um marco para se quebrar um preconceito no que diz respeito à inserção da mulher na sociedade sua atitude aboliu certos adeptos culturais.Quando quebrar os preconceitos no qual se afirma que só os homens são capazes de governar, quando os sistemas arcaicos forem excluídos, quando as mulheres e todos os cidadãos passarem usar de verdade a sua liberdade então estaremos dando um verdadeiro passo para contribuir com a construção da nossa sociedade, sendo assim, ela será uma sociedade a qual é construída mediante um sistema que não oprime, não massifica e reconhece que é formada de cidadãos homens e mulheres portadores de direitos iguais.


Jhonatan dos Santos Ferreira- Graduando em Filosofia PUC .MINAS Pré-noviço CICM.Brasil
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