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quarta-feira, 23 de novembro de 2011


(VII) A CULTURA E O HOMEM
DO LIVRO O HOMEM QUEM É ELE (PAULUS)

    A antropologia filosófica, apresentada nesta obra, é um dos passos iniciais para se chegar a um ponto tão questionado desde os tempos antigos: ‘’ descobrir quem é o homem’’.
      Na abrangência temporal-cultural é proposta uma abordagem partindo de aspectos necessários e julgados pelo autor importante para se chegar à compreensão da origem do homem pautada na inferência cultural; ‘’ Ela propõem descobrir quem é o homem não através do estudo de sua estrutura física ou das suas faculdades espirituais, mas sim mediante o exame de seus produtos culturais.’’ 
     É nesse aspecto que difere a antropologia cultural das outras ciências, que por vezes tentam resolver a esse questionamento por meios físicos – é o caso da biologia.
    Deve se pois conhecer o homem pelos seus efeitos e feitos, tudo isso em recorrência de todas as habilidades presente nele; habilidades que podem ser vistas também no aspecto da infra-estrutura das cidades; ‘’ ...estradas, canais, pontes, ferrovias, trens, catedrais, instrumentos musicais, obras de arte...’’ tudo são contributos para entender o homem na sua totalidade, sendo colocado em questão a cultura. Mais justifica um questionamento, o homem pode ser reduzido apenas a esses aspectos citados? Ou ele é mais do que isso, é fruto de um aperfeiçoamento cultural?
    O autor propõem um estudo do homem tendo como referência o estudo de sua natureza, de seu destino, isso partindo dos aspectos supra-citados anteriormente, mas antes justifica um estudo que seja capaz de definir o que seja a cultura.
Do ponto de vista do autor, ‘’ Da cultura foram dados e podem-se dar várias definições.’’
1.      Definição de cultura – abordagem subjetiva 
‘’É o exercício das faculdades espirituais; mediante o qual elas são postas em condições de dar os frutos mais abundantes e melhores que sua constituição natural permita’’.
A cultura não ultrapassa os nossos limites mesmo buscando dar os melhores frutos colocados pela capacidade espiritual. A cultura intervém de tal modo, mais não ultrapassa a nossa subjetividade. Abrangendo o conceito platônico de Paidéia que é a formação do homem enquanto indivíduo, para além de formar o homem, a educação deveria formar o cidadão, o ideal educativo era, pois, a formação geral que tem por tarefa construir o homem como homem e como cidadão.

2. Definição de cultura – abordagem objetiva
A cultura ‘’... são frutos adquiridos pelo homem mediante o exercício das sua faculdades, seja espirituais, seja orgânicas’’.
É fruto da atuação do homem mediante o meio em que se vive, cultura refere-se a forma de desempenhar tais faculdades rotineiras ( Ponto importante: a cultura se cria dia a dia -  referir-se as distintas culturas existentes e divergentes entre si – vai de um valor de cada povo – de cada realidade.)
MINHA CONCLUSÃO
  Pode-se dizer que a concepção do homem está diretamente ligada aos processos de transformações sociais e seus cenários. Sabe-se que o homem sempre será um grande problema a ser estudado, as inquietações são apontadas pelo fato da abordagem cultural, religiosa, etc.
O homem sempre será alvo de expiação por se tratar de um ser que tende á inserir-se, preservando sua individualidade e personalidade ( subjetividade).
O homem é ser social e político- cultural que estabelece entre si um pacto. É, pois o centro da concepção do homem e o advento do indivíduo ao centro da reflexão filosófica, o que ressalta a importância da abordagem filosófica para o estudo do que seja o homem.
Conclui-se assim que a concepção do homem é dada a cada período abordado no texto e elaborada a cada dia, tendo como ponto de referência os traços culturais, os valores e um grande universalismo antropológico (superação dos conceitos, raças, pátria, etc...).
JHONATAN DOS SANTOS FERREIRA
HIPOTETICAMENTE UMA CULTURA DO VAZIO 

Entende-se mediante a problemática levantada quais são os pontos relevantes que tem possibilitado uma inserção dos indivíduos à uma nova maneira de ver o mundo e consequentemente de inserir nele.
 Vale ressaltar a ruptura do velho com um novo, é neste contexto que  entende-se de forma eficaz o sentido da modernidade, para assim fazer uma leitura do que seja a concepção de homem moderno e qual tem sido sua relação consigo e com  o outros enquanto sendo ele ser relações.
Estudiosos e pesquisadores vem debruçando-se  em teses e pensamentos de existencialistas para assim aproximarem-se de um grande mistério que é a existência humana. Esse longo percurso em busca de compreender o que seja o homem, parte necessariamente do momento em que surge a necessidade de compreender o ‘’EU’’.
 Uma vez que a partir do momento que surgem especulações em torno da existência, automaticamente visa-se compreender o outro, o ‘’eu’’ se torna justificável e um pouco mais compreensível no momento em que se é capaz de compreender a essência da existência, ou seja, quando passa-se  da subjetividade para um sentimento de inter-relação.
Entender o paradoxo da pessoa humana é de extrema relevância para aproximar-se de uma compreensão mais aprimorada do que seja a essência da existência, isso levando em consideração as interfaces que uma sociedade a qual estamos inseridos pode apresentar para a construção de uma identidade pessoal e social sólida.
É importante lembrarmos que o homem sempre foi e será um ser de inquietações e crises, a sociedade apenas dá a sua parcela de contribuição para um maior desenvolvimento dessa angustia, gerando assim em meio ao cenário social uma passividade à uma nova cultura, a qual ousamos intitular; cultura do vazio existencial.
Essa abordagem cunhada pela problemática da existência requer uma identificação no que seja uma vivência autêntica e inautêntica pautada na expressão da noção de ser no mundo que fora difundida de forma ampla pelas ciências humanas desde de que fora formulada por Martin Heidegger em seu tratado Ser e Tempo (Sein und Zeit), de 1927.
No âmbito de uma vivência inautêntica o homem vê-se na necessidade de ter um olhar egoísta a si mesmo em vista de poder satisfazer suas próprias  necessidades e interesses.
 Propõe-se que ao fazer um estudo da cultura do vazio chegar-se-à à conclusão de que o homem sendo ser de inter-relação, não consiga por si só concretizar seus objetivos e necessidades no campo social sem antes prever uma interferência do outro.
 Desemboca aqui o aspecto paradoxal da condição humana, deixando nítido de que nossa existência está sempre dependente da existência do outro (eu sou na medida em que o outro também é) de certa maneira o EU e ou OUTRO não se diferenciam, neste campo a existência é vinculada ao outro.
Essas são as respostas preliminares em vista de uma abordagem em torno da cultura do vazio no mundo contemporâneo.

JHONATAN DOS SANTOS FERREIRA- Graduando em filosofia .PUC.MINAS  
Pré -noviço CICM .BRASIL