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domingo, 24 de novembro de 2013

RELAÇÕES ÉTNICOS-RACIAIS E O CENÁRIO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Texto de abertura oficial da culminância do projeto Valorização das Relações étnico –raciais . E.E. da Fazenda da Betânia ( Pedreira- Itabira.MG)




O projeto valorização das relações étnicas raciais tem como finalidade por propostas das atividades desenvolvidas envolvendo todas as disciplinas, criar oportunidades para que toda a comunidade escolar conheça a trajetória histórica do povo negro no Brasil e na sua construção da cidadania plena. Além disso, colocar em discussão uma questão tanto antiga quanto atual como o racismo e o antirracismo no Brasil desenvolvendo as competências e habilidades de reflexão na identidade, de modo a pensar e agir contra todas as formas de discriminação existentes nos ambientes escolares e também fora dele.
Ressalto aqui, ao elaborar esse projeto com a comunidade escolar, a urgência de um olhar mais minucioso ao tratar a cultura afro brasileira e as resistências predominantes ainda até mesmo por parte de educadores. A questão que levanto, consiste em identificar e conscientizar que a cultura afro brasileira é o berço da nossa história e de nossas matrizes culturais, o que não justifica que fiquemos apenas centrados em pequenos projetos e ações escolares isoladas e sem fundamentação, sendo essa discussão, mais um fato isolado e tratado como segundo plano. Surge aqui a necessidade de reverter esse quadro, o que questiono tomo a liberdade de  direcionar a todos nós professores: Como trabalhar e formar os nosso adolescentes para uma cidadania mais igualitária, se nós mesmos somos cheios de resistências e um preconceito camuflado? A educação para a igualdade é possível em um ambiente escolar dotado de resistências?
Tratar das relações étnicos raciais na educação no Brasil requer de nós educadores uma sensibilização e respeito pela diversidade, essa vertente deve perpassar todas as disciplinas em todo o ano letivo, ela é transversal,  a proposta viabiliza a inserção desse conteúdo nos currículos disciplinares.   A escola que não se abre, planeja e intervém em prol do respeito e da criação da igualdade racial, priva os alunos do verdadeiro exercício da cidadania pautada na diferença. 
O racismo e as práticas discriminatórias vivenciadas pelo segmento populacional negro brasileiro não apenas heranças de um passado distante, mas vêm sendo produzidas e realimentadas ao longo do tempo. Constitui-se, assim, um instrumento que fortalece as desigualdades observadas na contemporaneidade. Um exemplo disso ocorre na realidade educacional.
Para tanto faz-se necessário à escola reverter esta situação adversa tecendo novas propostas, fazendo frente às situações discriminatórias que jovens e adolescentes negros estão expostos no ambiente escolar  e na sociedade como um todo.
Assim, é de fundamental importância tratar as questões raciais no ambiente escolar de forma interdisciplinar, pois, desta forma eles aprenderão a conceitos, analisarão fatos e poderão ser sensibilizados para intervir na sua realidade a fim transformá-la.
É tempo de mudarmos a história da exclusão do negro na educação brasileira, que esse projeto seja uma de muitas ações a serem fomentadoras da inserção digna dos afros brasileiros, é tempo também de revermos as nossas praticas educacionais, aprender, transmitir e relacionar é preciso.

                 

Professor  Jhonatan dos Santos Ferreira 
É graduado em filosofia presbiteral pela Universidade Católica de Minas Gerais/IDJ

Pós graduando em gestão integrada 

Participou do projeto de formação continuada de E.R da Escola de Educação e Humanidades da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Professor da rede publica de ensino-leciona Filosofia, sociologia e cultura Religiosa.

 E--MAIL Jhonatansantosfer@hotmail.com


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