Do
mito ao logos no contexto filosófico
Em
contraposição ao mito temos o LOGOS que é a atitude reflexiva e racional que o
mito pode oferecer, ou seja, o logos é a forma de reler o mito com base na
razão e reflexão, esse é expresso pelo logos que por sua vez vai ao encontro da
atividade filosófica que consiste em interpretar as coisas como realmente são.
Passamos
agora há uma possível intertextualidade quando trazemos em pauta os Sofistas e
Sócrates, discorremos neste âmbito no intuito de colocá-los com defensores do
logos, justamente por serem pensadores e utilitários da razão e da reflexão e
não mais vinculados ao aspecto meramente mitológico, religioso instaurados no
cenário da Grécia Antiga.
Sócrates
por sua vez foi um filósofo que surgiu depois dos pré-socráticos que eram filósofos da physis, ou naturalistas que
se preocupavam em encontrar a origem de tudo (cosmologia) nas teses
naturalistas, já os Sofistas eram tidos como filósofos viajantes que
comercializavam seus ensinamentos, eram dotados de conhecimento, mas agiam de
modo não virtuoso, comercializando a sabedoria. Sócrates por sua vez era
filósofo que se identificou com o valor da verdade, disso, Sócrates saia pela
"Ágora" espécie de praça ensinando os jovens, uma grande preocupação
desse pensador era em evitar que a corrupção gerada pela mentira, pudesse adentrar
a vida na pólis, ele era o pensador que dialogava a favor da virtude no campo
político. Ao contrário dos Sofistas que ensinavam em troca de dinheiro e sem
nenhum critério virtuoso.
Vimos
portanto, que existe com o surgimento da filosofia uma ruptura com o critério
mitológico como forma de saber, na realidade o mito não é banido do pensamento
grego, mas a filosofia – reflexão e a razão ocupam seu lugar.
Texto:
Jhonatan dos Santos Ferreira
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