HIPOTETICAMENTE UMA CULTURA DO VAZIO
Entende-se mediante
a problemática levantada quais são os pontos relevantes que tem possibilitado
uma inserção dos indivíduos à uma nova maneira de ver o mundo e
consequentemente de inserir nele.
Vale ressaltar a ruptura do velho com um novo,
é neste contexto que entende-se de forma
eficaz o sentido da modernidade, para assim fazer uma leitura do que seja a
concepção de homem moderno e qual tem sido sua relação consigo e com o outros enquanto sendo ele ser relações.
Estudiosos e
pesquisadores vem debruçando-se em teses
e pensamentos de existencialistas para assim aproximarem-se de um grande
mistério que é a existência humana. Esse longo percurso em busca de compreender
o que seja o homem, parte necessariamente do momento em que surge a necessidade
de compreender o ‘’EU’’.
Uma vez que a partir do momento que surgem
especulações em torno da existência, automaticamente visa-se compreender o
outro, o ‘’eu’’ se torna justificável e um pouco mais compreensível no momento
em que se é capaz de compreender a essência da existência, ou seja, quando
passa-se da subjetividade para um
sentimento de inter-relação.
Entender o
paradoxo da pessoa humana é de extrema relevância para aproximar-se de uma
compreensão mais aprimorada do que seja a essência da existência, isso levando
em consideração as interfaces que uma sociedade a qual estamos inseridos pode
apresentar para a construção de uma identidade pessoal e social sólida.
É importante
lembrarmos que o homem sempre foi e será um ser de inquietações e crises, a
sociedade apenas dá a sua parcela de contribuição para um maior desenvolvimento
dessa angustia, gerando assim em meio ao cenário social uma passividade à uma
nova cultura, a qual ousamos intitular; cultura do vazio existencial.
Essa abordagem
cunhada pela problemática da existência requer uma identificação no que seja
uma vivência autêntica e inautêntica pautada na expressão da noção de ser no
mundo que fora difundida de forma ampla pelas ciências humanas desde de que
fora formulada por Martin Heidegger em seu tratado Ser e Tempo (Sein und Zeit),
de 1927.
No âmbito de uma
vivência inautêntica o homem vê-se na necessidade de ter um olhar egoísta a si
mesmo em vista de poder satisfazer suas próprias necessidades e interesses.
Propõe-se que ao fazer um estudo da cultura do
vazio chegar-se-à à conclusão de que o homem sendo ser de inter-relação, não
consiga por si só concretizar seus objetivos e necessidades no campo social sem
antes prever uma interferência do outro.
Desemboca aqui o aspecto paradoxal da condição
humana, deixando nítido de que nossa existência está sempre dependente da
existência do outro (eu sou na medida em que o outro também é) de certa maneira
o EU e ou OUTRO não se diferenciam, neste campo a existência é vinculada ao
outro.
Essas são as respostas
preliminares em vista de uma abordagem em torno da cultura do vazio no mundo contemporâneo.
JHONATAN DOS SANTOS FERREIRA- Graduando em filosofia .PUC.MINAS
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