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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

HIPOTETICAMENTE UMA CULTURA DO VAZIO 

Entende-se mediante a problemática levantada quais são os pontos relevantes que tem possibilitado uma inserção dos indivíduos à uma nova maneira de ver o mundo e consequentemente de inserir nele.
 Vale ressaltar a ruptura do velho com um novo, é neste contexto que  entende-se de forma eficaz o sentido da modernidade, para assim fazer uma leitura do que seja a concepção de homem moderno e qual tem sido sua relação consigo e com  o outros enquanto sendo ele ser relações.
Estudiosos e pesquisadores vem debruçando-se  em teses e pensamentos de existencialistas para assim aproximarem-se de um grande mistério que é a existência humana. Esse longo percurso em busca de compreender o que seja o homem, parte necessariamente do momento em que surge a necessidade de compreender o ‘’EU’’.
 Uma vez que a partir do momento que surgem especulações em torno da existência, automaticamente visa-se compreender o outro, o ‘’eu’’ se torna justificável e um pouco mais compreensível no momento em que se é capaz de compreender a essência da existência, ou seja, quando passa-se  da subjetividade para um sentimento de inter-relação.
Entender o paradoxo da pessoa humana é de extrema relevância para aproximar-se de uma compreensão mais aprimorada do que seja a essência da existência, isso levando em consideração as interfaces que uma sociedade a qual estamos inseridos pode apresentar para a construção de uma identidade pessoal e social sólida.
É importante lembrarmos que o homem sempre foi e será um ser de inquietações e crises, a sociedade apenas dá a sua parcela de contribuição para um maior desenvolvimento dessa angustia, gerando assim em meio ao cenário social uma passividade à uma nova cultura, a qual ousamos intitular; cultura do vazio existencial.
Essa abordagem cunhada pela problemática da existência requer uma identificação no que seja uma vivência autêntica e inautêntica pautada na expressão da noção de ser no mundo que fora difundida de forma ampla pelas ciências humanas desde de que fora formulada por Martin Heidegger em seu tratado Ser e Tempo (Sein und Zeit), de 1927.
No âmbito de uma vivência inautêntica o homem vê-se na necessidade de ter um olhar egoísta a si mesmo em vista de poder satisfazer suas próprias  necessidades e interesses.
 Propõe-se que ao fazer um estudo da cultura do vazio chegar-se-à à conclusão de que o homem sendo ser de inter-relação, não consiga por si só concretizar seus objetivos e necessidades no campo social sem antes prever uma interferência do outro.
 Desemboca aqui o aspecto paradoxal da condição humana, deixando nítido de que nossa existência está sempre dependente da existência do outro (eu sou na medida em que o outro também é) de certa maneira o EU e ou OUTRO não se diferenciam, neste campo a existência é vinculada ao outro.
Essas são as respostas preliminares em vista de uma abordagem em torno da cultura do vazio no mundo contemporâneo.

JHONATAN DOS SANTOS FERREIRA- Graduando em filosofia .PUC.MINAS  
Pré -noviço CICM .BRASIL 

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